sexta-feira, novembro 22, 2024

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Pras Michél é acusado pelos EUA de ter sido espião da China

O rapper Pras Michél, do grupo Fugees, que se tornou “influenciador político”, foi acusado pelos Estados Unidos de ter sido espião da China. Caso seja condenado, ele pode pegar até 22 anos de prisão. Na última semana, ao testemunhar em seu próprio julgamento, Michél se declarou inocente das acusações de conspiração e falsificação de registros.

As acusações enfrentadas por Michél são relacionadas à sua suposta ligação com o empresário bilionário malaio Jho Low, acusado de envolvimento no esquema de roubo de US$ 4,5 bilhões (R$ 22,7 bilhões) da 1Malaysia Development Berhad. Atualmente, Low é considerado fugitivo.

Os promotores afirmam que Michél recebeu US$ 100 milhões (R$ 505 milhões) por ajudar Low a pressionar ilegalmente o governo do ex-presidente Donald Trump a deportar Guo Wengui, um bilionário chinês procurado em seu país por acusações de fraude de US$ 1 bilhão (R$ 5,05 bilhões) e vive em autoexílio nos EUA desde 2015.

Além de negar que atuou como agente espião da China nesse caso, o rapper afirmou ainda que se reuniu voluntariamente com agentes do FBI “em várias ocasiões” para discutir o envio de Wengui de volta à China. Ele negou, no entanto, ter feito isso em nome do governo chinês.

— Assumi a responsabilidade de relatar aos agentes porque achei que o FBI deveria saber — disse Michél, na tentativa de se distanciar das acusações de “espião da China”.

O rapper teria atuado ainda para encerrar uma investigação sobre o malaio Low nos EUA, segundo a Rolling Stone. Ele também é acusado de usar o dinheiro do bilionário malaio para a campanha de reeleição de Barack Obama em 2012. No tribunal, Michél negou que tenha feito qualquer “doação política” em nome de Low. Nos EUA, a lei eleitoral federal proíbe estrangeiros de doarem para campanhas no país.

Segundo a Bloomberg, o rapper disse que apenas atuou como “substituto de celebridade” para Low, contando que o bilionário pagou a ele US$ 20 milhões (R$ 101 milhões) para ajudá-lo a tirar uma foto com Obama em 2012. Low é uma figura influente em Hollywood. Entre as suas ações de maior destaque, está o financiamento do filme “O Lobo de Wall Street” (2013), que deu a Leonardo DiCaprio o Oscar de Melhor Ator.

DiCaprio, inclusive, prestou depoimento em Washington, no início de abril, como testemunha no julgamento de Michél. Segundo a Reuters, o ator disse que Jho Low revelou seus planos de fazer “uma doação significativa” de US$ 20 milhões a US$ 30 milhões (R$ 101 milhões a R$ 151 milhões) para a campanha de Obama, no que os promotores alegam ser parte de uma operação ilegal de influência estrangeira.

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