O grupo de rap AGBARA CREW SP, formado por três irmãs negras periféricas, foi surpreendido ao ver sua participação divulgada em sites de eventos como uma das atrações confirmadas de um show. No entanto, nenhum contrato havia sido assinado e nenhuma negociação havia sido formalizada entre as artistas e a produtora responsável.
Além da falta de contrato, uma das integrantes do grupo, menor de idade, precisava de um alvará judicial para se apresentar no evento, um procedimento que deve ser formalizado pela produtora junto à Vara da Infância e Juventude. A produtora, no entanto, desconhecia essa exigência legal, demonstrando total despreparo para gerir a apresentação.
Quando questionada sobre a situação, a produtora tentou coagir as outras duas integrantes a se apresentarem sozinhas, ignorando a formação completa do grupo. Além disso, mentiu ao afirmar que, caso elas se recusassem, teriam que pagar uma multa por quebra de contrato—mesmo sem nunca terem assinado um documento oficial. A produtora ainda alegou que outros grupos seriam cancelados, na tentativa de pressioná-las a aceitar a apresentação de qualquer forma.
A mãe das artistas, Milena, que também é assessora do grupo, desconfiou da situação e solicitou o contrato à produtora. No entanto, a empresa se recusou a compartilhar o documento, o que levantou ainda mais suspeitas sobre sua idoneidade. Diante das irregularidades e do uso indevido da imagem do grupo na divulgação do evento, Milena buscou apoio jurídico e recebeu a recomendação de tomar medidas legais contra a produtora.
— “O hip hop não é bagunça! O rap é respeito e comprometimento.” — declarou Milena.
O AGBARA CREW SP decidiu soltar uma nota oficial para esclarecer a situação e demonstrar respeito pelo seu público, já que muitos fãs já haviam criado expectativas e planejavam comparecer ao evento. O grupo lamenta profundamente o ocorrido e reforça seu compromisso com a verdade, a transparência e a valorização da cultura hip hop.
