terça-feira, novembro 19, 2024

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Proje7o Arco-Íris apresenta em escolas de São Paulo experiências transformadoras através da arte urbana

Uma das artes mais expressivas na cena urbana, o graffiti, ganhou força nas periferias de Nova York na década de 1970, e segue revelando artistas no mundo todo através de seus diferentes estilos. E com o intuito de colorir a realidade de mais jovens, que a Burburinho Cultural, produtora com ênfase em transformação e inclusão social, criou o Proje7o Arco-Íris, voltado para estudantes de escolas públicas do país, educando-os para a prática da pintura e do graffiti, além de intervir no espaço físico desses ambientes, envolvendo artistas locais, como arte-educadores e grafiteiros, professores, alunos e coordenadores.

O proje7o Arco-Íris é uma série itinerante de arte-educação que conta com oficinas gratuitas de graffiti para alunos de 10 a 18 anos, de 7 escolas públicas em cidades brasileiras, sendo elas: Niterói (RJ), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Guaratinguetá (SP), Curitiba (PR), Lajes (SC) e Três Lagoas (MS). Os alunos, junto aos grafiteiros e arte-educadores, realizam murais de graffiti de grandes dimensões em suas escolas, além de revitalizá-las, deixando um legado cultural, formativo e estético. É realizado ainda um documentário sobre o trabalho e um workshop sobre arte-educação e reciclagem com os professores.

As primeiras escolas estaduais beneficiadas foram a Brisabella A. Nobre, em São Paulo, e Professor Jacob Casseb, em São Bernardo do Campo, que tiveram quatro dias de oficinas cada, mediadas por um arte-educador, tendo um grafiteiro como convidado. Quanto à receptividade do Arco-Íris, o entusiasmo e a proatividade dos alunos foram fundamentais para a realização do projeto nas escolas, com o atendimento de cerca de 80 alunos por escola e mais 10 professores que acompanharam os Workshops de formação. Além disso, toda a instituição é impactada com a ação e o número aproximado é de mais de 300 pessoas beneficiadas diretamente, além do impacto positivo no bairro e na comunidade ao entorno.

Na cidade de São Paulo, o mural desenvolvido pela artista Kari trouxe como conceito “O futuro começa aqui”. O grafitti retrata dois alunos como personagens de videogame e expandindo suas possibilidades de futuro enquanto estudantes. Já em São Bernardo do Campo, o projeto foi inspirado no jogador de futebol Reinaldo Kauan, atleta do Mirassol, nascido na cidade e ex-aluno da escola, que estampa o mural como forma de motivar os jovens a realizarem seus sonhos. “Celebrar uma personalidade da cidade foi uma maneira de fortalecer o protagonismo de que é possível conquistar seus objetivos. É muito bom ver como mudam os discursos dos alunos quando começam as oficinas e quando elas terminam. Todos os conhecimentos que eles obtêm ali são para a vida inteira. A escola passa a ser beneficiada não só por estética, mas também como uma nova cultura de cores e afetos” afirma a produtora executiva, Joelma Veiga.

O proje7o Arco-Íris transforma as escolas visualmente, mas aproxima afetivamente e criativamente o aluno do ambiente escolar. Ele se apossa dele, renova, se expressa e aprende técnicas de pintura e reaproveitamento de resíduos. É um trabalho que reconecta o aluno ao segundo lugar mais importante do início da vida deles. E o mais interessante é ver isso tudo acontecer numa empreitada de um ano, itinerando por sete escolas diferentes pelo Brasil’’, declara o idealizador e diretor de projetos, Thiago Ramires.

Além de Ramires, a iniciativa é conduzida ainda pela diretora executiva da Burburinho Cultural, Priscila Seixas, pela gestora de projetos, Camille Dias e pela produtora, Joelma Veiga, que garantem a continuidade do projeto durante todo o ano de 2023. O Arco-Íris é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da CTG Brasil, Wilson Sons, BASF e é realizado pela Burburinho Cultural e Ministério da Cultura, Brasil União e Reconstrução, Governo Federal.

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