sexta-feira, novembro 22, 2024

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Projeto P.O.P – Pessoas Ouvem Pessoas – chega ao quarto bloco, com “Music & Talk” sobre a valorização da cultura negra e participação de Karol Conká

P.O.P: Pessoas Ouvem Pessoas, projeto audiovisual idealizado pela Sony Music sobre representatividade e inclusão na música, lança, nesta quinta (15), “Music & Talk” sobre a valorização da cultura negra, com participação da cantora Karol Conká. Apresentado pela drag queen Ikaro Kadoshi, o programa está sendo dividido em episódios temáticos e conta ainda com as participações das cantoras Priscilla Alcantara, Mariah Nala e Manda, que debatem sobre como as músicas das divas pop (do calibre de Whitney Houston, Britney Spears, Beyoncé, P!nk e Sia) podem ser ferramentas de superação, alegria e força.  

A atração estreou com o primeiro episódio, “Desconstruindo os padrões de beleza”, no começo de maio, com participação da cantora Mariah Nala. Manda foi a participação especial do episódio sobre “a importância da saúde mental” e Priscilla Alcantara falou sobre o “empoderamento feminino” no terceiro episódio. Além do quarto episódio, disponível hoje, sobre a “valorização cultura negra”, o programa contará ainda com mais um bloco temático, que abordará a “valorização da cultura LGBTQIAPN+”. Confira a página do projeto.

Além das participações especiais, o “Music & Talk” conta com uma bancada fixa, formada pela psicóloga Ana Carolina Diolindo, o jornalista André Aloi (editor de cultura da revista Harper’s Bazaar Brasil) e o criador do Popline, Flávio Saturnino. Entre os convidados, estão ainda o influencer Eduardo Victor, conhecido como Dudu, Laura Queiroga e Evandro Gomes (ambos do Instituto Identidades do Brasil, o ID_BR), Mariana Abreu (Growth Lead no Spotify) e Bruna Araújo (People Experience na Sony Music Brasil). Eles narram suas experiências de vida relacionadas ao tema sob a perspectiva fã x artista.

Conhecida como a drag que leva emoção aos palcos, Ikaro se coloca como ouvinte nos relatos de fãs, que discorrem sobre superação, liberdade, equilíbrio, representatividade e força. “Minhas performances sempre levam à discussão da existência humana, reforçadas por uma música que diga sobre o que estou refletindo: traição, amor, raiva, amizade, fracasso etc“, explica. “Sempre desnudei minha alma em drag, mas nunca meu corpo. Isso foi potente. Tenho muitas questões relacionadas a autoestima e beleza enquanto ser humano”. Durante o programa, discorre, começou a fazer as pazes com pedaços que lhe faltavam para se ver com mais amor, mais acolhimento e sem vergonha alguma de corpo, mente e coração. Em suas próprias palavras: “libertador”.

Segundo conta, ainda há uma visão muito enferrujada de que a drag deve ser a responsável por fazer as pessoas rirem, e de que são contratadas para falar sobre coisas óbvias, como maquiagem. “Mas, somos múltiplas: em histórias, conhecimentos agregados à arte drag, e, geralmente, temos uma visão mais ampla do mundo e de suas dores pela maneira marginal que o mundo nos trata”. No dia da gravação, a saber, tudo o que a apresentadora falava em frente às câmeras vinha de sua intuição, pois não contava com o apoio do teleprompter. “De coração e do momento. Saber ouvir o outro e entender a conexão faz toda a diferença. Uma das coisas que mais amo é conversar sobre nosso existir neste tempo e espaço”, conclui.

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