MCs de Funk, Trap e Rap se reuniram na cypher “50 pelo certo” para expressar seu apoio e apresentar suas reivindicações para Guilherme Boulos e Luiza Erundina, do PSOL para a prefeitura da cidade de São Paulo. Idealizado e produzido pela Boia Fria Produções em parceria com a campanha da candidatura, o resultado desse encontro de expressões diferentes do Hip Hop que dá voz àqueles que são marginalizados e criminalizados numa realidade de racismo e desigualdade social extrema na cidade e no Brasil, pode ser conferido no Youtube, Facebook e no Instagram do candidato.
“Impressionante o que esses artistas fizeram! Fico sem palavras pra agradecer e expressar a honra que eu sinto nesse momento, de ver artistas que se forjaram no dia a dia com o pé no barro, no solo das periferias dessa cidade, na luta do dia a dia pela cultura, pela sobrevivência. Nós vamos chegar juntos lá e devolver o poder pro nosso povo, devolver a prefeitura pro nosso povo. Garantir cultura, lazer, garantir educação, moradia, tudo o que o nosso povo merece. Tamo junto e contem comigo”, disse Boulos, ao ver o vídeo, em mensagem de áudio enviada aos artistas envolvidos na cypher.
Nos últimos anos, com as gestões municipal e estadual nas mãos do PSDB, a cena musical independente passou a enfrentar dificuldades em meio aos cancelamentos de eventos e os artistas periféricos que já sofriam por falta de espaço tem sido bastante prejudicados. É necessário que São Paulo tenha um prefeito que compreenda e valorize a importância da representatividade, espaço e renda entre artistas periféricos e que seja eleito para transformar essa realidade, e essa mudança tem um nome: Guilherme Boulos!
Com produção musical de DJ Cia, Coruja BC1, Lurdez da Luz, MC IG, MC PH, MC Dabalada, Jô Maloupas, MC Progresso, Amanda NegraSim, Di Função e Dexter, gravam música e clipe representando a periferia.
Tanto Boulos quanto sua vice Erundina (reconhecida como melhor prefeita que São Paulo já teve) se destacam por assumir compromissos efetivos com as periferias, propondo a redução das distâncias sociais e geográficas por meio criação de áreas empresariais e comerciais nas periferias para estimular a geração de renda e emprego, a ampliação do orçamento da cultura para levar recursos para casas de culturas, CEUs e coletivos que já realizam inciativas potentes nos bairros e a criação da renda solidária que pretende beneficiar 1 milhão de pessoas com uma renda mensal.
Num país de desigualdades e falta de oportunidades, são relatos e protestos do cotidiano periférico como pobreza, violência, racismo, desigualdade social, sexo e drogas. Ainda que muitas pessoas considerem o Funk como uma música alienada e estigmatizada como obscena, ele não passa de um retrato da vida de uma parcela da população excluída da sociedade, que manifesta na música relatos da vida real dessas pessoas. Assim como o Rap, acusado frequentemente de fazer apologia ao crime e às drogas. São movimentos de massa culturais e políticos, agentes transformadores na vida de milhões de jovens.
A cultura de rua deve ser celebrada, assim como a inclusão dos artistas das quebradas e a livre manifestação cultural da população das pessoas periferias de São Paulo. Mais do que isso, o Hip Hop é uma forma de reduzir a entrada de jovens e adolescentes na criminalidade, a celebração é fundamental compreender que esses artistas são exemplos de moradores das periferias que venceram as dificuldades impostas por suas realidades.