A rimadora mineira, Clara Lima, do coletivo DV Tribo, apresenta seu primeiro EP solo, intitulado “Transgressão”. O projeto chega com 6 faixas e a colaboração de Djonga e FBC – já tendo divulgado anteriormente o videoclipe da faixa “Nocaute”, primeiro do projeto.
Nas letras, Clara coloca, de maneira bastante explícita, as experiências pessoais e a realidade da comunidade Ribeiro de Abreu, onde mora. As letras revelam um resgate do rap feito nos anos 90; old school, representado por Racionais MCs, entre outros, ao lidar com temas periféricos, como criminalidade. A rapper vem utilizando a música para levantar uma bandeira contra a invisibilidade, ao mesmo tempo que usa disso como uma ferramenta para mudança social.
Para Clara, o “Transgressão” representa uma série de quebra de paradigmas e o início da realização de um sonho. “É difícil ser aceita neste meio por ser mulher. Nas batalhas MCs, por exemplo, os homens geralmente não aceitam a vitória de uma mulher. Este álbum, para mim, é o rompimento de vários padrões, tanto do rap, quanto da sociedade. Sou mulher, negra, lésbica, periférica e quero viver de música”, diz.
Na imagem da capa, Clara aparece sentada numa mesa diante de elementos que corrompem o ser humano, como armas, dinheiro e bebida. “São coisas que ao mesmo tempo que dão poder, transgredem a mente humana. É esse o conceito do EP”, explica.
O EP “Transgressão” pode ser adquirido via iTunes e GooglePlay.