Trazendo a nostalgia e os ritmos envolventes dos anos 2000, o rapper Guhhl lança, nesta quinta-feira (16/11), o disco “Real R&B”. O álbum, que já está disponível nas plataformas digitais, busca retomar a força e essência dos anos dourados do Rhythm and Blues no Brasil e conta com participações de MC Luanna, CJota e do cantor norte-americano Zae France.
O projeto é “um grito de atenção ao R&B”, ritmo que fez sucesso no exterior nos anos 1990 e 2000, com artistas como Ne-Yo, Chris Brown, Usher, entre outros. O estilo musical sempre esteve presente na vida do artista, que se especializou no assunto em mais de seis anos de carreira, unindo as referências clássicas com a linguagem atual que se conecta com o público jovem.
“Acredito que no Brasil, não vivemos a fase do R&B como lá fora. Nos EUA, o estilo foi o mais ouvido por muito tempo e é estourado até hoje. Aqui, pulamos do boom bap para o trap e não aproveitamos a riqueza que a musicalidade do estilo oferece”, afirma.
A faixa “Minha Bae” faz essa conexão entre o R&B dos Estados Unidos e do Brasil, com a participação do cantor Zae France. Para além do trabalho, o som se tornou uma realização pessoal para o artista de Minas Gerais: “foi meu primeiro feat internacional. O Zae France é uma referência que tenho, o cara tem música com o Ne-Yo e agora comigo. Ele nem entendia minha língua, mas ficou empolgado com o som e topou o desafio do projeto. Isso para mim não tem preço”.
Ao todo, o “Real R&B” conta 15 faixas, sendo 12 inéditas, e participações de importantes nomes da cena musical nacional e internacional. Entre os feats, estão as artistas MC Luanna, Liz Kaweria e Karen Fialho, os rappers Dalua e Cjota, além do músico Wesley Camilo, em um talk box na faixa “CB”. Já na produção musical, o artista reuniu um time de especialistas no gênero: PS, Stuani, Gu$t, JayPluggz, Mavyrmldy, IKNOWFELIPE, Duxx e Chadlb.
“Todas as participações foram bem especiais para mim: Luanna, Liz e Karen trouxeram a força das mulheres para o projeto, o Dalua e o Wesley brincaram com estéticas musicais diferentes e elevaram a vibe que busquei passar. Já o Cjota, conheço desde a escola e começamos quase que ao mesmo tempo na música. Fico muito feliz em reencontrá-lo nesse momento de carreira”, conta.
Desde as texturas musicais até os detalhes minuciosos, todo o disco mostra a paixão do artista pelo estilo. O título, que faz uma provocação à cena, foi eternizado nas costas de Guhhl em uma tatuagem e é estampado na capa do álbum. “O título é ácido, mas sei do peso que tenho na cena e me considero esse cara. O R&B me moldou e quero que as pessoas lembrem de mim quando pensarem nele”.