É costume, entre os bloggueiros da cultura Hip Hop, prezar por certa neutralidade na hora de divulgar novos materiais (faixas, clipes, álbuns) pelo risco de ser “baba ovo” de determinado rapper, b-boy ou grafitteiro. Corre-se o risco de se estar forçando a barra para que o leitor goste daquele trabalho por quaisquer critérios (dinheiro, por exemplo) que não a própria qualidade do trabalho em si. Ainda assim, esse esforço de neutralidade é difícil quando o bloggueiro se depara com um trabalho que o faz sentir algo novo e bom, que o positivamente. Esse é um desses casos.
Nesta sexta-feira (16) o Kid Cudi lançou seu aguardado álbum “Passion, Pain & Demon Slayin’”. Já tendo lançado os clipes de “Frequency” e “Surfin’”, o álbum apresenta uma série de músicas inéditas, apenas com os títulos previamente divulgados. No álbum, o rapper apresenta uma série de flows diferentes que induzem no ouvinte diversos sentimentos diferentes: amor, tristeza, raiva, decepção, paixão e até alegria. O álbum conta com participações de peso: Andre 3000 (do Outkast), Willow Smith, Travis Scott e Pharrell Williams.
Para os fãs do rapper, “Passion, Pain & Demon Slayin’” marca o glorioso retorno do rapper que conviveu anos com depressão e uma série de pensamentos suicidas, teve a coragem de assumir isso para si, a coragem de assumir isso para o público e, com muita luta, superou isso tudo e agora apresenta não só um álbum de rap, mas uma verdadeira obra de arte. Provavelmente o álbum não ganhará muitas premiações, por se propor a estar fora do mainstream, mas isso em nada diminui o seu valor. Com todas as faixas muito bem produzidas e com letras sinceras, Kid Cudi convida os ouvintes a entrarem em contato com suas emoções mais profundas. Entre as melhores faixas, além de “Frequency”, outro destaque do álbum é a faixa “Releaser”.
Confira:
