O documentário Parada LGBTT/SP – “O Outro Lado do Arco-Iris”, produzido em 2007, iria ganhar ganhar continuação em 2020, mas foi impedido devidos as políticas da época pra cultura e devido a pandemia. Em quase vinte anos passados, o documentário continua atualizado no que diz respeito aos temas abordados, sendo constantemente discutidos dentro e fora da comunidade. Desses debates, surgiram evoluções nas leis, na aceitação, e temas como “transexualidade” foram abordados em novelas, além das paradas virtuais, poucos cargos públicosque alcançaram um público considerável e o apoio de grandes marcas.
Atualmente, Rick Nóbrega é jornalista responsável pelo site DeuClick, diretor de conteúdo, assessor de imprensa e especialista em público jovem. Junto com outros produtores do audivisual, o upgrade do documentário da maior parada do mundo que teve de grande mudança foi o desaparecimento das casas noturnas da comunidade e surgimento de grandes marcas, que algumas só vê como vitrine e não como aliada mesmo em todas as edições ou durante o ano todo e somem e largam embaixadores e não respondem a imprensa mais sobre o assunto, deixando claro que só falam em junho sobre o tema e outras que tem muitas ações de publicidade e não mudam uma virgula nas suas políticas de ESG em questão da diversidade sexual. A cobetura ficou também mais complexa pela falta de cooperação de algumas dessas marcas para acessos os trios, com já insegura Av. Paulista no no todo, fica complicado para influenciadores e jornalistas que não são da grande panela e da tal relevância, mas quando os mesmos cancelam as marcas procuram os menores.
“Junho nem começou direito, mas por ser o mês do Orgulho LGBTQIA+, já sofremos ataque de de pastor, que ousa dizer que Deus nos odeia. Estamos vivendo um momento sombrio e de lgbtqia+ mais violente e velado do que até em 2007, que foi reforçado por um ex presidente brasileiro associando o medo da população em relação a Covid19 aos “maricas”, expressão pejorativa, fazendo ligação do coronavírus com a AIDS/HIV, doença esta que tanto afetou as pessoas e, principalmente, a comunidade LGBT na década de 80. Então a volta da parada às ruas será muito simbólica para a nossa luta.” explica Ricardo Nóbrega.
O primeiro documentário está disponível no Youtube com mais de 15 mil visualizações e diversos depoimentos de personalidades do universo LGBTQIA+, abordando temáticas como os avanços e preconceitos na religião, mercado de trabalho, comércio e meio midiático. Ressaltam, também, como a Parada LGBTQIA+ de São Paulo, além de ser o maior protesto político nacional da comunidade, também expande seu significado para além de uma “festa”, explicando o porquê do seu formato e seu principal motivo, que é a comemoração de orgulho de ser lésbica, gay, bisssexual, transsexual, queer, interssexual, assexuado e toda a pluraridade humana ainda a ser descoberta.
Sendo o primeiro e um dos mais completos documentários sobre a Parada LGBTQIA+ de São Paulo, a produção tem o objetivo de levar ao público um ponto de vista isento sobre o tema, com os contrapontos dos assuntos para sempre trazer informação com transparência para todos os tipos de público, principalmente aos céticos e jovens que não conheceram o auge do preconceito que levaram milhares de militantes a criarem a maior parada LGBTQIA+ do mundo.