Os quatro elementos da cultura hip-hop, breaking, DJ, grafite e rap, são as bases da websérie “Olhares sobre São Paulo: Especial Hip-Hop”, disponível na plataforma de streaming gratuito do Sesc (www.sesc.digital).
Personagens essenciais para o desenvolvimento dessa cultura no Brasil contam suas trajetórias e traçam paralelos com o crescimento e desenvolvimento da Grande São Paulo a partir das suas regiões de origem.
Dividida em cinco episódios, a série é construída a partir dos depoimentos de Marcelinho Backspin (b-boy de Taboão da Serra), DJ Zeme (do Grajaú), Fabiano Minu (grafiteiro de Guarulhos), Sharylaine (rapper da Vila Carrão) e Nelson Triunfo (pioneiro da cena Hip-Hop paulista).
O historiador e pesquisador da cultura hip-hop Francisco Espectro entrevista os convidados e passeia por seus bairros, para indicar locais importantes para suas trajetórias no Hip-Hop e relembrar histórias da cena. As entrevistas abordam temas essenciais para o entendimento da história da metrópole desde os anos 1980, como violência policial, disparidade social, realidade das periferias, racismo e a expansão do transporte público.
“Poder realizar este projeto em parceria com o Sesc Avenida Paulista foi uma bela oportunidade. Quando falo isso, quero dizer muito para além de mim, pois buscamos humildemente fazer com que o próprio Hip-Hop fosse o maior beneficiado dessa série documental.”, conta Espectro.
“Tivemos a chance de contar a história da própria Cultura através de personagens históricos, ou melhor, lendas, de cada um dos quatro elementos, além do pioneiríssimo pai do Movimento no Brasil, Nelson Triunfo. Ouvir as histórias deles, Sharylaine, Marcelinho Backspin, DJ Zeme, Fabiano Minu e Nelsão, significa ouvir a minha, a sua e a nossa própria história. Afinal, não fosse a arte, a luta e a resistência de cada um dos que estiveram no começo de tudo, provavelmente não haveria nada para comemorar no Brasil, nesses 50 anos de Hip-Hop. Como diria o Emicida, isso não pode se perder. Por isso a necessidade tão latente de documentar a Cultura. Afinal, se a gente não sabe de onde veio, como vai saber para onde está indo?”
De minha parte, só posso agradecer de coração pela oportunidade, foi uma honra. Obrigado à essas lendas do Movimento, ao bravíssimo Sesc Avenida Paulista e a todos os envolvidos, sem exceção. Da direção ao piloto da van que nos transportou. Todos são importantes. E claro, obrigado Hip-Hop! Você salvou a minha vida.”, finaliza.