Siamese apresenta o videoclipe da faixa “B.L.U.N.T”. O clipe lançado no Mês da Consciência Negra visa ratratar a ancestralidade afro e celebrar as tonalidades de peles pretas em Curitiba. Entendendo suas raízes africanas expressas pelas pinturas corporais do ilustrador Douglas Reder, Siamese traz sua ancestralidade para uma linguagem contemporânea, presentes também no stylist e hair stylist do clipe.
A sigla utiliza redefinição de palavras comum no movimento LGBTI. “Bicth’s”, em português “vadias”, transmuta o “xingamento” para o sentido de empoderar todos os seres que são colocados como “vadias” ao exercer a liberdade de seus corpos. Seguida pela gíria “Lacradoras” completa o sentido positiva da palavra. “Unidas” “Na” “Taba” em conjunto a letra da música “Bitch’s Lacradora Unidas Na Taba” ou apenas “B.L.U.N.T”, pede que esqueça as convenções e se permita viver sem limites.
Siamese rompe com o eixo Rio/SP ao inovar na cena artística do sul do Brasil com o lançamento de seu 1° EP autoral intitulado “Som do Grave”, contendo 5 faixas. Traz a linguagem do hip hop transitando pelo POP/eletrônico/Rap/Raggaeton.
“B.L.U.N.T” é um convite para você se permitir e desprender-se de conceitos pré estabelecidos em nossa sociedade, criando analogia a “brisa” da cannabis, a liberdade dos pensamentos. B.L.U.N.T, popularmente conhecida como a seda utilizada para fumar a maconha reforça a falha problemática sobre o uso da erva cannabis. Por ser um pudor cultural enraizado, recebemos apenas informações já idealizadas sobre o uso da maconha, gerando: desinformação em massa, consumo excessivo, criminalização, inserção de substâncias não naturais na erva, mas não, o fim de seu consumo.
“Clica, clica, posta no insta / Basic bitch’s não entendem a pira (…) / La, lá, lá, lá, lá / Vem colar com o bonde e ver que a gente é livre”, trecho da música.
Siamese crítica a todos que pré determinam a maconha de consumo unânime da comunidade preta, artística e/ou menos favorecida.
A produção do vídeo foi composta por produtores e artistas do Paraná, todos residentes e atuantes na cena artística curitibana. A iniciativa e idealização partiu de forma independente por colaboração entre os envolvidos.