Msário, MC, que já dividiu a responsa no Pentágono (2001 – 2013), investe na carreira solo desde 2011 e constrói uma discografia que inclui a mixtape “Playbeck” (2011), o álbum “Sangue de Leão” (2015) – concebido organicamente com banda completa e muita influência de música jamaicana – e agora será encorpada por um EP mais eclético. “Indefinido” é o título porque Msário está em plena desconstrução – não apenas do machismo mas também de sua música e mensagem.
Redirecionar a sonoridade para o rap das antigas, quando o beat era igualmente importante à rima, é uma das propostas de “Indefinido”. Essa riqueza dos beats ficou nas mãos de beatmakers de alto escalão nacional como Slim Rimografia, Scott Beats e Skeeter. A essência do rap se mistura a outras influências negras, como o soul e o jazz, e também flerta com demais gêneros que Msário tira de letra, como o dubstep e o trap, com destaque para a participação de DJ SouJazz, craque do turntablism no país.
Suas novas faixas marcam a nova pegada das letras, que versam sobre empoderamento feminino/liberdade sexual, igualdade de gênero e a visão do homem do século 21 sobre ele mesmo: precisa mudar.
“Indefinido” tem produção do próprio Msário e de Bruno Dupre e Jeff Boto.