A rapper paulista Caroline Souto, a Souto MC, lançou nesta segunda-feira (23.04) o clipe do single “Mambo”, dentro de um projeto com três músicas, duas já conhecidas pelo público e uma inédita, que mistura ritmos musicais e a cultura latina americana à batida do hip hop nacional. Produzido integralmente por mulheres, a história contada no clipe sequencial continuará em “Selena”, já em processo de produção.
Em seguida será a vez da inédita, que está sendo preparada em parceria com Karol de Souza. O lançamento dos três clipes marca o fim de um ciclo e o início de um novo momento na carreira da MC.
Souto conta que sempre quis dar uma cara de série a essas músicas, de forma que fizesse jus aos temas e referências que cada uma traz. “O clipe tem grande significado pra mim, em tudo, desde o início do roteiro, até os detalhes mais imperceptíveis”, entrega sobre a nova produção.
“Quando a Souto chegou com a gente pra fazer o videoclipe, trocamos uma ideia e decidimos que precisávamos contar uma história; e aí pensamos fazer Mambo e Selena como continuidade um do outro”, explica Érica Pascoal, que assina a direção do vídeo com o selo Ganga Prod., uma produtora audiovisual formada só por mulheres.
“Mambo” é a história de uma artista que está tentando mostrar sua arte para o mundo e o mundo está recusando. De repente essa arte começa a ser aceita. Junto com a aceitação, um convite de volta pra casa: trago você de volta. O final dessa história a gente só vai conhecer em “Selena”, que deve ser lançado no próximo mês.
Após a sequência de videoclipes, Souto deixa de lançar músicas separadamente e se prepara para um passo importante na sua carreira: o lançamento do seu primeiro EP, que deve sair ainda em 2018.
A produção do videoclipe de “Mambo”, e dos que estão por vir, é 100% feita por mulheres, que formam a Ganga Prod., que produz conteúdo para o hip hop feminino brasileiro.
Érica Pascoal, idealizadora do projeto, conta que a ideia surgiu quando elas perceberam que o rap nacional estava em pleno crescimento e a qualidade das produções estava em alto nível, porém isso só se via principalmente com o rap masculino. “Nesse momento, percebemos que havia pouco ou quase nada de investimento quando se trata de mulheres desse segmento musical”.