Com casa cheia no Circo Voador, a primeira edição do Red Bull Rabiscada – competição inédita dedicada a celebrar a arte do Passinho – mostrou por que é uma das expressões mais vibrantes da cultura brasileira. O evento gratuito reuniu alguns dos principais nomes da cena para uma noite de celebração, criatividade e talento no palco, coroando a dança como protagonista.
O título de campeão ficou com o trio Reis da Dança, que impressionou pela sincronia, criatividade e estilo marcante. Com uma performance que combinou fluidez, presença de palco e identidade própria, o grupo conquistou tanto o público quanto os jurados, garantindo o troféu da primeira edição do Red Bull Rabiscada.
“Nós somos um trio fora das batalhas também, então nosso maior desafio foi nos superar. Trouxemos o Passinho, a dança Afro, um pouco de Vogue, tudo misturado, e criamos coreografias soltas, interagindo uns com os outros. No fim, o mais importante foi se divertir e levar essa batalha pra frente. Competir e ganhar foi incrível, mas o que a gente viveu juntos hoje vai ficar pra sempre.”, disse Andre Oliveira, integrante do trio Reis da Dança.
“Eu danço passinho desde os meus 9 anos de idade. Essa parada é a minha vida. Abandonei um trabalho e deixei de viajar pra estar aqui hoje com meus irmãos, porque a gente não é só amigo de dança, é amigo de vida. O que a gente viveu aqui vai ser inesquecível. Foi uma parada única, ter o Passinho num evento feito só pra ele, dentro da Red Bull.”, disse Peterson, integrante do trio Reis da Dança.
Com curadoria e apresentação de Severo IDD, o Red Bull Rabiscada trouxe um formato inovador para as batalhas de Passinho: disputas em trios, com três rounds — o primeiro livre, o segundo com coreografia sincronizada, e o terceiro com aceleração do BPM das músicas. A decisão ficou nas mãos de dois jurados especialistas, Pablinho Fantástico e Celly, além do voto do público, que participou ativamente na escolha dos vencedores.
Um dos destaques da noite foi a apresentação de The Jackson’s Funk, espetáculo idealizado por Pablinho MJ e com direção artística de Kelson Barros. A performance trouxe ao palco uma releitura da obra de Michael Jackson a partir da cultura do funk, com a provocação: E se Michael Jackson dançasse Passinho? Inspirado nas turnês Dangerous e This Is It, o show celebrou a conexão entre dois universos potentes da dança.
A noite ainda contou com o Baile do Ademar, que colocou o público para dançar após as batalhas e celebrou a união entre funk, rap e a cultura urbana. Com 15 anos de história, o Baile é um marco da cena e encerrou o Red Bull Rabiscada em grande estilo.
