A carreira musical de Tupac Shakur só durou cinco anos antes de ser assassinado em 1996, mas é a influência póstuma do rapper que será celebrada quando ele for incluído no Hall da Fama do Rock and Roll na próxima sexta-feira.
Indiscutivelmente mais famoso morto do que vivo, Tupac será somente o sexto artista de rap a receber a homenagem nos 30 anos do Hall da Fama.
A entidade o descreveu como “um símbolo internacional de resistência e de espírito fora da lei, uma contradição irresistível, um anti-herói definitivo do rap”.
Essa é uma afirmação de peso para o artista, filho de dois ativistas dos Panteras Negras nascido no bairro nova-iorquino do Harlem, que cumpriu pena por agressão e só lançou quatro discos até ser morto, aos 25 anos, por ocupantes de um veículo em fuga em Las Vegas, um crime nunca solucionado.
O rap também evoluiu, tornando-se o segundo estilo musical mais popular nos Estados Unidos depois do rock, refletindo e desafiando as desigualdades sociais em suas letras e vídeos e inspirando simpósios em universidades de prestígio, como Harvard.
Tupac vendeu 75 milhões de discos, grande parte dos sete lançamentos póstumos, e embora suas vendas jamais vão alcançar as de reis do hip hop do século 21 como Drake, Kanye West e The Weeknd, sua influência continua profunda.
“Para qualquer um que queira saber sobre hip hop a sério, há certas pessoas com cuja música você tem que lidar, e Tupac é uma destas pessoas. Você não pode se dizer entendido de hip hop se não conhece Tupac”, opinou Todd Boyd, professor de cinema e estudos de mídia da Universidade do Sul da Califórnia.
Por: Reuters