O rapper manauara Victor Xamã lançou hoje, dia 31 de março, o álbum “GARCIA”, após uma sequência de singles e o EP “Calor”. Com nove faixas autorais, o projeto traz importantes participações, como Makalister, Karen Francis, Luedji Luna, VND, Big Bllakk, Matheus Coringa, Gigante no Mic, entre outros.
O nome do disco é o sobrenome herdado de sua mãe Maria Helena, que estampa a capa e contra-capa do projeto, onde emana uma atmosfera imponente, que dialoga com a vida de seu filho, em primeira pessoa, seus desafios e conquistas, rastros de um percurso retirante, marcado por sua saída da região norte para conquistar seu espaço em todo o país. Ouça em todas as plataformas digitais.
“Nossa história foi marcada por desafios. Maria Helena, quem estampa a capa do disco, é fruto de uma família de 12 irmãos, de origem humilde, e começou a trabalhar no distrito industrial de Manaus aos 12 anos, mentindo sua idade para conseguir emprego. Aos 33 anos se formou na faculdade de administração e eu, ainda criança, a acompanhava praticamente em todas as aulas pela falta de ter com quem me deixar, lembro que ela sempre me dava uma folha de papel e uma caneta e pedia pra eu ser gentil e compreensivo, e foi assim até o dia da sua formatura. Minha mãe é minha maior influência, de um saber intrínseco, chegou a dar uma palinha dos seus ensinamentos hipnotizantes no final da primeira música do disco ‘GARCIA (intro)’. Para contar a história da minha vida e a história da minha rima, nada mais sensato eu homenageá-la, diretamente e indiretamente ela sempre se fez presente na minha música. Lembro quando ela conseguiu um emprego na orquestra Amazonas filarmônica e me levava para os ensaios, ou quando comentava que minha vó participou de um coral da igreja, comentando sobre os troféus que meu tio Sérgio ganhava nos Karaokês na Zona leste de Manaus, ela sempre fez questão de me apoiar por mais desafiante que fosse ver um filho sonhar ser rapper no Norte do Brasil”, conta Victor Xamã.
Sobre o conceito do álbum: “É extremamente provocador desembaralhar o passado, faço isso cantando com vontade. Dessa vez o Norte não é a principal narrativa, esse disco é sobre a história da minha vida, consequentemente a história da minha rima. Meu objetivo é explorar novos estilos, conversar com novos públicos, furando a bolha do gênero musical matriz da minha arte, o Rap”, completa.
O disco traz produção musical, mixagem e arranjos assinados por Duda Raupp, masterização por Olímpio Machado e composições e algumas produções assinadas por Victor Xamã.